Os anti-inflamatórios são uma classe de medicamentos utilizados para tratar principalmente inflamações — como o próprio nome já sugere — além de edemas, dores e febre. Estes medicamentos podem ser divididos em duas subclasses: esteroidais — ou, como são popularmente conhecidos, corticoides — e os não esteroidais (conhecidos também como Aines).
Quais são os tipos de anti-inflamatórios?
Os anti-inflamatórios que pertencem à classe dos corticóides são usados para tratar de enfermidades como rinite, asma e até mesmo lúpus. Além disso, os corticoides também são imunossupressores, muito importante para pacientes que passam por procedimentos como transplantes de órgãos, já que impede a rejeição destes.
Apesar de excelentes auxiliares medicamentosos, os corticoides só podem ser usados por um curto período de tempo já que podem interagir mal com alguns outros medicamentos, além de ter efeitos colaterais como náusea, insônia e até mesmo ganho de peso.
Problemas como cólicas menstruais, artrite e artrose são tratados com os Aines, e também oferecem efeitos colaterais, mas diferentes como diarreia, hemorragia gastrointestinal e insuficiência renal.
Anti-inflamatórios podem prejudicar o intestino?
Sim, os anti-inflamatórios podem prejudicar o funcionamento do intestino. Na verdade, quando estamos realizando algum tipo de tratamento medicamentoso é necessário que adotemos alguns hábitos para garantir uma maior eficácia do medicamento. Por exemplo:
Combinar remédios com álcool
Não misturar o consumo de bebidas alcoólicas com antibióticos já é quase de sabedoria popular, mas existem outros medicamentos que ao interagirem com o álcool podem gerar problemas. Além do mais, quando estamos realizando um tratamento medicamentoso, é necessário realizar algumas mudanças nos nossos hábitos para que eles funcionem como foram feitos para funcionar.
Medicamentos como aspirinas, anti-hipertensivos, calmantes, dipirona, antibióticos e medicamentos para tratar da obesidade no geral não devem ser consumidos com álcool. O consumo desses remédios com álcool pode provocar problemas mínimos desde a redução do efeito até parada respiratória e coma.
Medir a dose do remédio no “olhômetro”
Dividir um comprimido no meio para tomar apenas a quantidade equivalente à metade da dosagem completa é uma prática muito comum. Em farmácias, é fácil de encontrar aparatos que realizam justamente essa função de cortar o comprimido ao meio.
No entanto, cortar o medicamento no meio não garante metade da sua dose, já que ao ser dividido um lado do medicamento pode ter menos ativos do que o outro.
Não mastigar os comprimidos mastigáveis
Não mastigar comprimidos mastigáveis retarda a sua ação. Já que foram feitos para serem mastigados, sua ação se inicia ainda na boca. Quando não mastigados seu efeito virá mais tarde, quando o medicamento atingir a porção do intestino.
Ingerir comprimidos sublinguais
Engolir esse tipo de medicamento retarda a sua ação. O recomendado, até para que seja mais eficiente, é deixar o comprimido embaixo da língua até ele ser dissolvido completamente.
Guardar remédios em lugares quentes ou úmidos
Ambientes como cozinha e banheiro não são os locais adequados para guardar remédios. A cozinha é um ambiente muito quente, e o banheiro um local muito úmido, e esses fatores podem fazer com que os medicamentos percam alguns dos seus ativos e, portanto, não funcionem da maneira adequada.
Remédios que ultrapassaram a data de validade
Após a data estipulada para vencimento, o remédio passa a perder o seu efeito e não há garantia de segurança ao tomá-lo. Os laboratórios responsáveis pela fabricação dos remédios realizam testes exaustivos para garantir a segurança e a qualidade do medicamento que tem uma duração garantida até a data de vencimento indicada.
Descarte de medicamentos no lixo comum
Quando jogados em lixo comum, ou até mesmo jogados descarga abaixo no vaso sanitário, os princípios ativos do medicamento podem contaminar o meio ambiente e desencadear um problema ecológico.
O ideal é descartar os remédios em caixas coletoras normalmente disponíveis em farmácias.
Por que é bom comer alguns alimentos antes de tomar anti-inflamatórios?
Alguns medicamentos podem ter um efeito agressivo para o estômago, principalmente se ele estiver vazio na hora do consumo. Antibióticos, por exemplo, nunca devem ser tomados de estômago vazio e tampouco com outro líquido que não seja água. Bebidas como leite apresentam cálcio, reagindo com a tetraciclina (uma substância presente em antibióticos) e faz o remédio perder a sua eficácia.
Por que alguns anti-inflamatórios provocam diarreia?
Anti-inflamatórios não hormonais — ou anti-inflamatórios não seletivos — agem de forma a bloquear dois tipos de enzima responsáveis pela inflamação, mas também a que protege a mucosa gastrointestinal.
Por conta da perda, ainda que temporária, da proteção, os alimentos não são processados pelo sistema digestório de maneira correta, ocasionando a perda de nutrientes importantes através da diarreia.
