A prisão de ventre na menopausa é um problema real que pode acometer muitas das mulheres que estão nessa fase da vida. Apesar de não ser uma disfunção exclusiva desse grupo de pessoas, já que a constipação atinge indivíduos de ambos os sexos e de várias idades, ela é bastante observada entre as mulheres nesse período.
Isso não acontece por acaso e a prisão de ventre na menopausa tem tudo a ver com as alterações pelas quais o corpo da mulher passa nessa fase, sobretudo no que se refere a mudanças hormonais. Para entender definitivamente como isso funciona, acompanhe o texto até o fim e saiba tudo sobre a prisão de ventre na menopausa e como combatê-la.
A prisão de ventre na menopausa é comum?
Embora algumas mulheres não associam uma coisa à outra, a prisão de ventre na menopausa é algo bem comum. Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas, a UNICAMP, mostrou que 37% das mulheres na pós-menopausa, e acima de 45 anos, apresentaram algum sintoma de constipação.
A pesquisa ajudou a entender como a prisão de ventre na menopausa acontece e as principais consequências dela, que são: esforço para evacuar, sensação de evacuação incompleta, fezes endurecidas e fragmentadas, baixa frequência semanal de evacuação, percepção de obstrução à evacuação, entre outras coisas.
O lado bom é que a prisão de ventre na menopausa pode ser combatida, muitas vezes, com medidas simples, que tem a ver com mudanças de hábitos alimentares e do estilo de vida na totalidade. Portanto, não é preciso se preocupar com isso, o importante mesmo é diagnosticar o problema e fazer o devido tratamento.
Quais causas contribuem para a prisão de ventre na menopausa?
Existem alguns fatores que podem levar a mulher a ter prisão de ventre na menopausa, mas a principal delas está relacionada às alterações hormonais comuns desse período. Quando a mulher entra na menopausa, o estrogênio tem um declínio considerável em seu organismo e isso afeta várias partes do corpo.
O intestino é uma das áreas afetadas por essa mudança na composição hormonal. No caso, isso acontece porque o estrogênio influencia diretamente os movimentos peristálticos e também ajuda a equilibrar a flora intestinal. Dessa forma, quando essa substância diminui, consequentemente há desequilíbrio dessa flora e também incontinência fecal.
Outra coisa observável como causa de constipação é algo que tem a ver com o perfil comportamental das mulheres. Muitas delas têm vergonha ou sentem desconforto de evacuar em qualquer lugar e evitam ir ao banheiro com frequência, de modo que isso pode gerar o acúmulo de fezes. Esse material fica acomodado na região do reto e isso pode desencadear a constipação.
Em outras palavras, ir ao banheiro na hora que sentir vontade é fundamental para não condicionar o organismo a juntar essas fezes e desenvolver a prisão de ventre.
O que ajuda contra a prisão de ventre na menopausa?
As principais orientações para combater a prisão de ventre na menopausa são as mesmas para evitar o problema em qualquer fase da vida: consumir muitas fibras (de 20 a 30 gramas por dia) e beber água da maneira correta. As fibras otimizam o fluxo intestinal e melhoram a saúde das paredes dos intestinos e a água, por sua vez, hidrata as fezes, de modo que elas não endureçam e fiquem difíceis de sair.
O exercício físico também é, comprovadamente, eficaz na melhoria da digestão de uma maneira geral. Abdominais simples, por exemplo, devem ser feitos com regularidade por pessoas de todas as idades para melhorar a saúde do intestino.
Por fim, vale enfatizar que se você sofre com prisão de ventre na menopausa, ou em qualquer outro contexto, e não consegue reverter a situação, não deixe de procurar um médico: ele consegue indicar a melhor forma de tratar do problema. Nunca negligencie disfunções no seu corpo e sempre procure ajuda.
